
Sim, leu bem.
Para quem ainda não sabe, nem conhece, no Porto existe um dos bancos de sangue animal mais evoluídos da Europa. Esse banco foi criado há 5 anos por um médico veterinário, o Rui Ferreira, e já conta com 500 dadores cães e quase 350 gatos.
Após os 5 anos, o médico abriu uma filial em Barcelona. E em breve alarga-se aos coelhos e possivelmente aos furões, graças ao doutoramento da doutora Inês Cardoso. (Quem sabe em breve não abre uma filial na América.)
O procedimento dura cerca de 10 minutos, e segue o seguinte esquema:
- O Rui dá a picada, a Inês Cardoso ensaia uma festinha mais vigorosa e sopra ligeiramente para o focinho do animal, como quem atenua a dor. A dádiva é feita e o sangue segue para o banco de sangue animal (BSA).
Há cerca de 10 anos atrás, tudo isto era um pouco improvável. O criador deste projeto, o veterinário Rui Ferreira, acabava de concluir a sua licenciatura no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, e estreava-se no mundo do trabalho. A sua estreia foi no Hospital Veterinário do Porto, e foi lá que se deparou com algumas situações de urgência. Aí nasceu a ideia.
Enquanto trabalhou por lá, começou a aperceber-se de alguns problemas no tratamento dos animais. Em situação de emergên
cia, havia falta de sangue para fazer transfusões. Durante muitos anos, as recolhas eram feitas apenas no momento em que um problema surgia. (E isso nem sempre dava os resultados desejados). E se essa emergência acontecia aos domingos, durante as madrugadas ou com muita urgência, a batalha era quase sempre perdida.
Em 2011, Rui Ferreira, concluiu o doutoramento na área de medicina transfusional em cães, e inaugurou o BSA, que foi instalado no Hospital Veterinário da Universidade do Porto. Foi o segundo a surgir em Portugal — o primeiro foi instalado no hospital onde Rui teve o primeiro emprego, foi também criado com a ajuda dele — e é, na Europa, aquele que tem "mais dadores e uma estrutura mais especializada".
Por serem voluntários, os animais têm direito a vacina gratuita e ainda a análises completas, disponibilizadas online aos donos. Mas o mais importante — e, acredita o veterinário, aquilo que leva tanta gente a querer juntar-se ao projeto — é o que acontece depois: com o sangue doado. O banco de sangue animal ajuda cerca de 200 animais por mês, o que multiplicando por quase cinco anos de trabalho significa 10 mil animais salvos.
O felino Mateus é um dador frequente há já dois anos. Como Ronaldinho, não precisa de qualquer sedação e leva na ficha a nota de “bem comportado”. Em cada uma das dádiva, que pode ser feita a cada três meses, um gato ou cão podem doar cerca de 10 por cento do volume total de sangue. Ao contrário das pessoas, não se sentem fracos e recuperam com muita rapidez. Mas nem todos podem ser dadores. Os gatos devem ser saudáveis, ter entre um e oito anos, mais de 3,5 quilos e viver numa casa, sem contacto com gatos de rua. Os cães, além de serem saudáveis e terem entre um e oito anos, devem ter um peso superior a 25 quilos e tolerar a manipulação.
Depois de recolhido, o sangue segue em bolsas para o laboratório onde a equipa de médicos veterinários do BSA faz a separação dos componentes com uma centrífuga. O banco tem já dois laboratórios — um no Porto e um em Linda-a-Velha — e cerca de 30 clínicas e hospitai
s espalhados pelo país, o que permite, numa situação de emergência, disponibilizar sangue em qualquer local em menos de uma hora.
A medicina veterinária evoluiu na última década. Descobriu-se, por exemplo, que os gatos têm três tipos de sangue (A, B e AB), mas nenhum deles é universal. Além disso não há “positivos e negativos”. Nos cães há oito grupos de sangue, mas curiosamente é mais fácil encontrar compatibilidades “porque clinicamente só um é importante”. As compatibilidades sanguíneas nada têm a ver com raças. Por exemplo: um labrador pode doar sangue a um caniche ou um persa pode ser ajuda para um siamês.
Quando abriu no Porto, o banco tinha apenas 15% de pedidos para gatos. Agora, os pedidos aumentaram. Perceberam que podem salvar muitos gatos. Eles melhoram muito rápido.
Para quem ainda não sabe, nem conhece, no Porto existe um dos bancos de sangue animal mais evoluídos da Europa. Esse banco foi criado há 5 anos por um médico veterinário, o Rui Ferreira, e já conta com 500 dadores cães e quase 350 gatos.
Após os 5 anos, o médico abriu uma filial em Barcelona. E em breve alarga-se aos coelhos e possivelmente aos furões, graças ao doutoramento da doutora Inês Cardoso. (Quem sabe em breve não abre uma filial na América.)
O procedimento dura cerca de 10 minutos, e segue o seguinte esquema:
- O Rui dá a picada, a Inês Cardoso ensaia uma festinha mais vigorosa e sopra ligeiramente para o focinho do animal, como quem atenua a dor. A dádiva é feita e o sangue segue para o banco de sangue animal (BSA).
Há cerca de 10 anos atrás, tudo isto era um pouco improvável. O criador deste projeto, o veterinário Rui Ferreira, acabava de concluir a sua licenciatura no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, e estreava-se no mundo do trabalho. A sua estreia foi no Hospital Veterinário do Porto, e foi lá que se deparou com algumas situações de urgência. Aí nasceu a ideia.
Enquanto trabalhou por lá, começou a aperceber-se de alguns problemas no tratamento dos animais. Em situação de emergên

Em 2011, Rui Ferreira, concluiu o doutoramento na área de medicina transfusional em cães, e inaugurou o BSA, que foi instalado no Hospital Veterinário da Universidade do Porto. Foi o segundo a surgir em Portugal — o primeiro foi instalado no hospital onde Rui teve o primeiro emprego, foi também criado com a ajuda dele — e é, na Europa, aquele que tem "mais dadores e uma estrutura mais especializada".
Por serem voluntários, os animais têm direito a vacina gratuita e ainda a análises completas, disponibilizadas online aos donos. Mas o mais importante — e, acredita o veterinário, aquilo que leva tanta gente a querer juntar-se ao projeto — é o que acontece depois: com o sangue doado. O banco de sangue animal ajuda cerca de 200 animais por mês, o que multiplicando por quase cinco anos de trabalho significa 10 mil animais salvos.
O felino Mateus é um dador frequente há já dois anos. Como Ronaldinho, não precisa de qualquer sedação e leva na ficha a nota de “bem comportado”. Em cada uma das dádiva, que pode ser feita a cada três meses, um gato ou cão podem doar cerca de 10 por cento do volume total de sangue. Ao contrário das pessoas, não se sentem fracos e recuperam com muita rapidez. Mas nem todos podem ser dadores. Os gatos devem ser saudáveis, ter entre um e oito anos, mais de 3,5 quilos e viver numa casa, sem contacto com gatos de rua. Os cães, além de serem saudáveis e terem entre um e oito anos, devem ter um peso superior a 25 quilos e tolerar a manipulação.
Depois de recolhido, o sangue segue em bolsas para o laboratório onde a equipa de médicos veterinários do BSA faz a separação dos componentes com uma centrífuga. O banco tem já dois laboratórios — um no Porto e um em Linda-a-Velha — e cerca de 30 clínicas e hospitai

A medicina veterinária evoluiu na última década. Descobriu-se, por exemplo, que os gatos têm três tipos de sangue (A, B e AB), mas nenhum deles é universal. Além disso não há “positivos e negativos”. Nos cães há oito grupos de sangue, mas curiosamente é mais fácil encontrar compatibilidades “porque clinicamente só um é importante”. As compatibilidades sanguíneas nada têm a ver com raças. Por exemplo: um labrador pode doar sangue a um caniche ou um persa pode ser ajuda para um siamês.
Quando abriu no Porto, o banco tinha apenas 15% de pedidos para gatos. Agora, os pedidos aumentaram. Perceberam que podem salvar muitos gatos. Eles melhoram muito rápido.
Espero que tenham gostado do post de hoje.
Um beijo e até ao próximo
post.
0 comentários:
Enviar um comentário