Oi oi meus amores,
Hoje venho falar de um assunto que me veio na mente faz tempo. Porém venho adiando como tudo na minha vida. Eu lembro-me sempre que a coisa ocorre. Sempre me coloquei a questão:
- Como se formam as trovoadas? E foi assim que cheguei ao tema de hoje.
Trovoadas!
Mas afinal o que é uma trovoada?
Uma trovoada é a situação meteorológica caracterizado pela presença de raios e seu efeito acústico na atmosfera terrestre conhecida pelo famoso trovão. Esta seria a definição simples e singela. Se alguém lhe perguntar já sabe a resposta. Contudo, tem muito que se lhe diga todo este processo.
Para uma trovoada se formar é necessário que exista uma elevação de ar húmido numa atmosfera instável. Assim a atmosfera fica instável quando as condições são tais que uma bolha de ar quente em ascensão pode continuar a subir porque continua mais quente do que o ar ambiente. (A elevação do ar quente é um mecanismo que tenta restabelecer a estabilidade. Desta forma, o ar mais frio tende a descer e a afundar-se enquanto se mantiver mais frio do que o ar na sua vizinhança.)
Se essa elevação de ar for suficientemente forte, o ar arrefece até que as temperaturas fiquem abaixo do ponto de orvalho e condensa, libertando calor latente que promove a elevação do ar que "alimenta" a trovoada.
Desta forma origina a cumulonimbus (um tipo de nuvem) isolados com grande desenvolvimento vertical (podendo ir até 10 ou 18 mil metros de altitude) alimentado pelas correntes ascendentes de ar.
As trovoadas podem-se formar no interior das massas de ar (a partir da elevação do ar por convecção - comum nas tardes de Verão - quando o aquecimento da superfície atinge o seu pico - e sobre o mar nas madrugadas de inverno, quando as águas estão relativamente quentes); por efeito orográfico - (a barlavento das grandes montanhas) ou estar associadas a frentes - sendo mais intensas no caso das frentes frias.
As trovoadas mais fortes são geradas quando ar quente e húmido sobem rapidamente, com velocidades que podem chegar aos 160 km/h, até altitudes mais elevadas e mais frias. Em cada momento há na ordem de 2000 trovoadas em progresso sobre a superfície da Terra - Sim é assustador - Os relâmpagos surgem quando as partículas de gelo ou de neve de uma nuvem começam a cair de grande altitude em direção à superfície e correspondem à libertação de energia devida à diferença de carga entre as partículas.
Mas e de onde vem a origem dos trovões?
Os trovões são os ruídos que os raios fazem quando atravessam o ar. (é acreditem ou não o som que se ouve são os trovões)
Durante uma trovoada geram-se descargas elétricas para equilibrar a diferença de potencial entre o topo da nuvem (cargas positivas), a base da nuvem (cargas negativas) e o solo (carga positiva). A atmosfera funciona como isolador entre a nuvem e o solo. Quando a energia envolvida numa tempestade ultrapassa a resistência do ar, gera-se uma descarga entre o polos de carga oposta. ( Eita aula de física.) Esta descarga é caracterizada por um raio com temperaturas elevadas que aquecem o ar à sua passagem.
O rápido aumento da pressão e temperatura fazem expandir violentamente o ar envolvente ao raio a velocidades superiores às do som, gerando-se uma onda de choque. O ribombar (o ruido) posterior a um trovão é conseguido pelo eco da onda de choque nas altas camadas da atmosfera e na geografia envolvente. Nas proximidades do ponto de contacto do raio com o solo regista-se um nível sonoro de 120 dB. A proximidade do trovão pode produzir surdez temporária e até mesmo rotura da membrana do tímpano e consequentemente, surdez permanente.
Como é a vida de uma trovoada?
A vida de uma trovoada é dividida em 3 estagios:
Nascimento, maturidade e dissipação.
Na vida de uma trovoada ordinária (formada por convecção a partir de uma massa de ar) estão usualmente presentes 3 fases (cada uma durante tipicamente de 15 a 30 minutos):
Nascimento: as correntes ascendentes de ar levam à formação de cumulonimbus. Surgem as primeiras cargas de água mas ainda não ocorrem relâmpagos. No topo da nuvem o processo de crescimento de cristais de gelo começa a produzir grandes partículas de precipitação.
Maturidade: o crescimento vertical atinge o seu máximo e os topos das nuvens ficam achatados com a forma característica de uma bigorna. Usualmente isto dá-se quando o ar ascendente encontra uma inversão de temperatura estável (por exemplo, o ar mais quente da tropopausa). Os ventos predominantes em altitude começam a espalhar cirros a partir do topo das nuvens. As bases dianteiras ficam mais baixas e os relâmpagos começam a ocorrer em toda a extensão das nuvens. No interior das nuvens a turbulência é intensa e irregular, com equilíbrio entre correntes ascendentes e descendentes.
O peso das partículas de precipitação já é suficiente para contrariar as correntes ascendentes e começam a cair, arrastando o ar em volta consigo. À medida que as partículas de precipitação caem nas regiões mais quentes da nuvem, há ar seco do ambiente que entra na nuvem e pode originar a evaporação dessas partículas. A evaporação esfria o ar, tornando-o mais denso e «pesado». É todo este ar frio que cai através da nuvem com a precipitação que forma a corrente descendente de ar que, quando bate na superfície se pode espalhar, formando uma frente de rajada que vai deslocando e substituindo o ar mais quente da superfície. Nesta fase a trovoada produz ventos fortes, relâmpagos e precipitação forte.
Dissipação: Nesta fase as nuvens começam-se a espalhar para os lados, em camadas. E as correntes frias descendentes tornam-se predominantes. O ar frio substitui o ar mais quente da superfície, «desligando» os movimentos ascendentes dentro da trovoada. Nesta fase já só há correntes descendentes fracas e fraca precipitação
Por hoje é tudo, amanhã tem mais.
Um beijo e até amanhã.
cms vrauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuun bom 10
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